sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Hoje queria poder voltar no tempo,
E reviver aquele tarde de primavera que por mais que faça muito tempo,
Ainda permanece viva na minha memória como se tivesse sido ontem,
Teu perfume ainda ta aqui na minha pele
E sinto o gosto do teu beijo e da tua saliva,
Todos os dias dedico horas inteiras pensando em nós,
Volta em vem fazer tudo verdade!:)

domingo, 23 de agosto de 2009

Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amor à vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos, como sinais para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é
indispensável: alem do pão, o trabalho e a ação.
E, quando tudo mais faltasse, para você eu deixaria, se pudesse, um segredo.
O de buscar no interior de si mesmo a resposta para encontrar a saída.

Mahatma Ghandi

sábado, 22 de agosto de 2009

Perdão uma palavra tão pequena
Mas que tem um peso imenso
Antes não via possibilidades de acontecer,
Porém o tempo e as mudanças naturais da vida
Fizeram-me perdoar primeiro a mim mesma
E agora ficou fácil perdoar os outros
Perdoar você foi só uma conseqüência
Já não tem amava mais,
Nem tão pouco estava pensando em nada relacionada ao passado.
Minha vida mudou muito
Deixei muitas coisas pra trás
E agora não há espaços para essas coisas banais,
A felicidade é mais importante do que minha vaidade pessoal.
Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Bom, Ruim, Assim Assim
Pedro Bial


Quer saber de uma coisa? Tudo pode ser bom, ruim e principalmente
assim assim
Tudo ao mesmo tempo ou não, e não necessariamente nessa ordem
Bom é chegar na praia à tardinha, anuncio de por de Sol, a água
de ondas mansinhas
Jogar bola na espuma e sob o céu encaixa como se fora Tafaréu.

É bom também quando começa a chover
E as gotas fazem cócegas na superfície do mar
Como se um cardume infinito prometesse matar a fome
De todo o Vidigal, Rocinha, Cidade de Deus e Vigário Geral.

Ruim é lembrar daquele amigo que de prancha na mão
Morreu de um beijo roubado de um raio, da lembrança a correria,

O medo... o medo... medo é bom, ruim é o medo de ter medo!

Bom voltar trocar chuva por chopp e passar atrás da pelada
A bola vai pra fora e como na crônica de Rubem Braga sobra pra
você
Que mata no peito faz embaixadinha e devolve redondo... num
chute perfeito
Ruim é a fisgada na coxa sair mancando disfarçadamente...
A vergonha de ta decadente não é ruim, ruim é o orgulho que se
nega a reconhecer a decadência.

É bom a cidade estranha em que você nunca esteve e sabe que
nunca mais vai voltar
E nesse lugar você tem uma obrigação sem graça que cumpre com
estilo e precisão
Traçando um dia perfeito no arco do tempo

Quando cai a noite é bom tomar um banho e sob o chuveiro é bom
sentir saudade,
Ruim é não ter saudade, e como é bom sair sem direção pelas ruas
da cidade
Pensando no que você fez da sua vida e no que a vida fez em você

Bom é sonhar, realizar não é tão bom, mas ruim mesmo é não
realizar

O fim de um grande amor é muito, muito ruim, um grande amor não
tem fim!
Bom é amar, ruim é amar... Bom é encarar a vida com fantasia.
Quando um poeta desaparece é bom colocar chapéu de Bogar que
tudo pode solucionar...
Ruim é encontrar o precipício, morrer não deve ser tão ruim
assim...
E pode ser bom falar sobre bom e ruim, e pode ser pior assim
assim ... bom
"Mude.
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção os lugares por onde você
passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço
alguns dias.
Tire uma tarde inteira pra passear livremente na
praia, ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros
jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia,
o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras
poesias.
Jogue fora os velhos relógios,
quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros
teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais
prazeroso,
mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o
dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!"
É tão engraçado como as coisas mudaram,
A faixa do mar que via da minha janela parecia maior,
E o horizonte então era bem mais azul
Talvez a vontade de revolucionar o mundo
E os devaneios de minha alma me fazia vê as coisas diferentes,
E meus devaneios me fazia vê tudo maior
Agora tudo parece tão cinza
E o mais estranho e que tenho a impressão que minha
Vida toda eu passei aqui pressa nessa casa sombria
Embora tenha sido apenas pouco tempo
DISTANTE!!!
Amor onde estas...
Distante te encontras...
Meu olhar já não te alcança...
Olho o infinito...
Vejo um arco-íris...
Onde está você...

E no pensamento viajo...
Em uma viagem finita...
Pra te encontrar...
Dou-te minha mão...
E você nem ai...
Troca de lugar...
Muda de casa...

E eu solitária ando...
De pés descalço...
Nesta rua enluarada...
Mas sinto que em teu pensamento...
Deixas-me toda nua como a Lua...
Aqui nesta rua...

E sozinha sigo...
Na sina de meu destino...
Vou em desalinho...
Seguindo as faixas amarelas...
Pelas paralelas nesta rua da esperança...

*AMOR COM PRAZO DE VALIDADE*

*AMOR COM PRAZO DE VALIDADE* ( CONTO)
Vania Staggemeier

Uma história vou contar!
Como num romance a moça acreditou...
Na magia da felicidade...
Criou tantos sonhos, planejou tantos planos...
No mundo foi a luta sem medo de ser feliz...
Acreditou que ele seria o homem de seu sonhar...
O amor pra sempre amar...
Mas como num relance era só mais um com suas promessas...

A moça decepcionada chorou desesperada...
Perdeu a pose como num close...
Onde um dia ele a chamou de “meu anjo”.
Ele era cavalheiro, às vezes lhe mandava flores...
Outra lhe fazia um poema...

Mas por vezes sumia sem dar satisfação...
A moça sofria porque o amava muito...
Do nada ele reaparecia como se nada aconteceu...
Trazia-lhes mais dez poemas e vários buquês de rosas...
Nas mãos...

Ela dele pouco sabia...
Intrigante aquele homem...
Mas ela conta que tinha um beijo...
Sim daqueles de cinema americano...
Com sabor de mel, difícil dizer adeus...

Ela lhe ofereceu um drink...
Prontamente ele aceitou...
No decorrer da história ele se revelou...
Ser um homem com prazo de validade vencido...
Ela não entendeu...

Intrigante aquele homem...
Tão lindo tão belo singelo e parecia tão amante...
Tão quente tão romântico...
Mas a ela se revelou...
Não a queria como amante, pois ele já sabia...
Que sua morte era certa...
Ela criou mil fantasias...
Decepcionada ficou com sua revelação...
Em três dias ele veio a desaparecer...

Ela queimou todas as fotos...
E disse nunca mais...
Um romance, nunca mais um drink...
Nunca mais rosas e poesias...
Nem o beijo roubado que um dia ganhou...
Nunca mais felicidade igual...

Bem o tempo passou e ela desapontada de sua cidade...
Mudou-se e até hoje nunca mais se soube noticias...
E assim é a vida mais uma historia vivida amada sofrida!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

ME FALA
ME CALA
ME AMA
E NÃO ME ENGANA
ME BRIGA
ME GRITA
ME DIZ
E EU FAÇO
ME PROMETE
E REPETE
ME JURA
E CUMPRE

sábado, 8 de agosto de 2009

Papai meu querido!



Existe um homem que se esmera no comprimento do dever para dar bom exemplo:
Que fica humilde, quando poderia se exaltar;
Que chora a distancia, a fim de não ser observado;
Que, com o coração dilacerado, se embrutece para se impor como um juiz inflexível;
Que, na ausência, usam-no como temor para evitar uma ação menos correta;
Que quase sempre, é chamado de desatualizado;
Que apenas fisicamente, passa o dia distante, na labuta, por um futuro melhor;
Que, ao fim da jornada, avidamente regressa ao lar para levar muito carinho e, às vezes, pouco receber,
Que está sempre pronto a ofertar uma palavra orientadora ou relatar uma atitude benfazeja que possa ser imitada;
Que, muitas vezes passa noites mal dormidas a decifrar os segredos da vida, quando extenuado, ainda consegue energias
para distribuir energias;
Que é tão humano e sensível, por isso, normalmente, sente a ausência do afeto que lhe é dado raramente e de forma
pouco comunicativa.
Que, vibra, se emociona e se orgulha pelos feitos daqueles que tanto ama.
Esse homem geralmente, se agiganta e passa a Ser o valor inexorável quando deixa de existir para sempre.
Este homem de quem falo com tanto ternura não poderia deixar de ser você Papai... Obrigado por existirem amados!!!!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Mais uma vela por seu bolo!( Wesley)

Parabéns!!
Sucesso,fé e paz!
xero!

domingo, 2 de agosto de 2009

Quase

Luiz Fernando Veríssimo

Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase! É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no passado. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz! Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Preferir a derrota prévia à dúvida da
vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão, para os fracassos, chance, para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Apelo

Dalton Trevisan

Amanhã faz um mês quue a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti muita falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de um relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda.
E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero da salada - o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: boca raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.

sábado, 1 de agosto de 2009

Para se apaixonar precisa primeiro abrir os olhos do coração
Depois precisa cultivar um olhar
Até que os olhares possam se cruzar naturalmente
Então fica fácil assim
Quando acaba o assunto
É porque chegou à hora do beijo
O beijo é o começo de tudo
Ficar perto passa a ser uma constante
Assim nasce um amor
É como ele nasce como tudo que nasce
É pequeno e delicado
Por isso precisa ser alimentado
Com carinho, atitudes e encenação.
E cada dia passamos a amar um pouquinho mais
A dedicação é fundamental para aumentar a intensidade
Para gostar de alguém precisamos atribuir características de anjos
A seres humanos
Senão fizermos assim
Nossa vaidade nos impede de acreditamos que isso que estamos vivendo é amor
O dia passou calmo e nublado
Eu quis aproveitar a folga para ficar um pouco em casa
Arrumar livros, gavetas e louças.
E mexendo e uma caixa de coisas antigas
Encontrei uma fotografia sua
Juro que nem lembrava mais da existência de algo que me fizesse pensar em você
Um dia num gesto descontrolado acabei com todas as coisas que me fazia pensar em você.
Hoje confesso que já não sofro mais vendo suas fotografias
Nunca tenho tempo para pensar em nós dois.
O tempo e destino me fizeram tomar outros rumos
E nós dois deixou de existir.
Hoje refiz uma leitura do passado
E percebi que consegui muito, pois parti de um ponto que só
Existiam dúvidas
E já não sabia mais sonhar.

Aos poucos comecei a viver
A cada dia a ferida fechava um pouco
E hoje só tem a cicatriz
O tempo conseguiu apagar a dor
E quando olho pra trás vejo o quanto evolui
E natural ainda lembrar
Me dar forças pra ir em frente
E posso acreditar no futuro.