Houve um tempo na minha vida, que eu não tinha tempo para pensar, fazia tudo num impulso e sempre queria ter coisas novas para fazer.
Era impressionante a rapidez com que eu me cansava das coisas que fazia. Mudava de idéia, de sonhos, de amigos, de projetos, de atividade cotidiana e sempre tinha a sensação que eu precisava de mais coisas para fazer.
Em devaneios, cheguei a pensar que poderia mudar o mundo.
E algumas vezes lamentei o meu estado de ociosidade, e hoje ironicamente reclamo por não ter tempo livre para fazer coisas banais, como por exemplo, andar de bicicleta ou escrever uma carta para um amigo.
Tudo ficou tão corrido de uns anos pra cá: é aula de inglês, academia, trabalho, especialização, e tantas outras coisas que não sobra espaço pra sentar enfrente o Word é escrever uma poesia.
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